O mar é o brilho do céu

24
Jul 08

 

 

 

Uma noite, em pleno luar de verão. Vieste ter comigo!

Agarras-te a minha mão, a minha respiração parou por momentos.

 

Não podia acreditar no que estava a acontecer…

Com toda a tua gentileza, pedis-te que fosse contigo.

 

Não conseguia pensar, parecia tudo uma grande loucura!

Mas fui, segui-te!

 

Silenciosamente, apenas ouvia-se as nossas respirações ofegantes…

E todas as ramagens que tínhamos que afastar para conseguirmos passar..

 

Estávamos a correr o máximo possível, para sair dali!

Não sabia onde me levava..

 

De repente paras-te,

Ficamos em silêncio por alguns segundos…

 

Quando ganhei finalmente fôlego perguntei o que se passava

E onde estávamos

 

Apenas respondes-te, que encontramos “o nosso lugar”

O lugar mágico, o lugar que sonhávamos

Onde podíamos fugir de tudo o que nos separava e viver ali o nosso amor

 

Mas estávamos no meio de árvores, até um pouco assustador,

Até que afastas-te uma vasta folhagem

 

Um lugar magnífico,

Até o nevoeiro que se avistava, parecia parte de um quadro pintado

 

Não era o lugar que imaginava,

Mas era tão lindo!

 

Beijei-o, beijou-me,

Abraçamo-nos…

Caímos na areia,

Todo aquele sonho tornou-se realidade

Fizemos amor, apenas o nevoeiro  cobria os nosso corpos

 

Sabíamos que tínhamos que voltar,

Confessei-lhe como sentia-me num verdadeiro conto de fadas

 

Sorriu, colocou-se de joelhos,

E pediu-me que dança-se com ele,

Agarrou na minha mão,

Sem qualquer música,

Dançamos, naquele “lugar nosso”

Naquele luar magnífico!

Dançamos, dançamos…

 

Pouco antes do amanhecer, voltamos!

Podia nunca mais ter coragem de sair assim…

Mas sabia que havia um lugar para nós!

 

Um lugar, em que sentiamo-nos protegidos,

Um lugar, longe de proibições e preconceitos!

 

 

Haverá sempre esse lugar, esse “lugar nosso”

Mesmo que seja apenas no meu  e no teu coração!

 

  

publicado por marebrilho às 18:53
sinto-me:

14
Jul 08

FOTO_CASAL.jpg

 

 

Ás vezes, em nome de uma suposta dignidade, somos obrigados a amar em silêncio! Porém se não fossem estes preconceitos que rodeia tal sentimento, esse amor poderia ser proclamado livremente, visto que os sentimentos sinceros e verdadeiros já mais terão que se envergonhar.
Uma luta constante entre a dignidade, preconceitos e amor!
Sem dúvida que o amor vence tudo e todos. O amor por si mesmo é digno quer aceitem ou não que esse amor exista entre duas pessoas!
 

 

publicado por marebrilho às 22:52
sinto-me: Apaixonada

11
Jul 08

 

 

 

  
Acordou, tomou um banho, abriu a única janela que iluminava o seu quarto. Bebeu um copo de leite, vestiu qualquer coisa que por lá se encontrava no seu vasto roupeiro. Um dia melancólico, um dia nostálgico como qualquer outro começou. Saiu de casa, com os seus óculos de sol (mas nem sol estava) e pouco mais disse do que olá ao seu amigo que nesse dia por azar encontrou. O que menos queria era poder encontrar alguém conhecido, ter que esboçar um leve sorriso para não ser exposta a perguntas, para as quais não tinha resposta alguma. Durante a sua saída de casa, ia ouvindo as conversas transversais, ouviu tudo o que não queria ouvir, tudo o que a deixava ficar mais em baixo e até chegou a sentir inveja de algumas pessoas, mas que sentimento tão horroroso. Parou e pensou para si própria que ia esquecer o que tinha ouvido, pois não podia comparar-se a certas situações.
O seu passo acelerado pela rua fez com que fosse contra o seu próprio namorado. Era o que menos desejava naquele momento, sabia que com ele não conseguia esboçar o falso sorriso, sabia que com ele não seria tão agradável, sabia que era a pessoa que teria que suportar o seu dia melancólico. Não resistiu e a primeira coisa que fez foi contar-lhe a inveja que ela estava a sentir, e que sentia-se mal por ter esse sentimento com ela. Ele tentou acalma-la, acariciou-a e convidou-a a ir ao cinema. Foram ver uma comédia, para que toda aquela melancolia desaparecesse, ela estava-se a sentir bem melhor com ele, é verdade. Aquela comédia estava a diverti-la, mas tocava num ponto fraco. Andava sensível e aquele ponto fraco vinha sempre todos os dias á sua cabeça era o pior que podia ter acontecido.
Assim que acabou o cinema, ela pediu para deixa-la em casa. Iam subindo as escadas do seu prédio, quando ela o beijou loucamente, quando todos os pontos fracos queriam ser superados ali sem que nada os pudesse impedir, quando a melancolia estava prestes a sair, uma porta abriu-se, tiveram que parar ali. Ele foi deixa-la em casa com longo beijo de despedida, pois seus pais estavam em casa. Ela foi logo para o seu quarto, fechou a janela e deitou-se mesmo vestida. Todo o seu dia caiu nela, tudo o que fez, tudo o que disse e sentiu-se mal consigo mesma. Ligou ao seu namorado e pediu desculpa. Despediram-se com todo o carinho e foram dormir. Um dia melancólico, um dia nostálgico como qualquer outro tinha acabado.
 

 

publicado por marebrilho às 13:40
sinto-me: melancólica
música: Let me take you there

Julho 2008
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5

6
7
8
9
10
12

13
15
16
17
18
19

20
21
22
23
25
26

27
28
29
30
31


subscrever feeds
mais sobre mim

ver perfil

seguir perfil

7 seguidores

pesquisar neste blog
 
Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

blogs SAPO